10 de setembro de 2014

Hábitos de Estudo



“Encher um cérebro à pressa é como fazer depressa uma mala barata, 
Aguenta a carga durante algum tempo mas depois acaba por cair tudo” 
(“Esqueça tudo o que sabe sobre bons hábitos de estudo, 2010”)

O início de um novo ano escolar traz consigo um acumular de novas aprendizagens e experiências que fortalecem a construção do aluno não só como estudante mas também como cidadão. 
Para atingir esse propósito, tal como está implementado no Decreto-lei nº. 18/2011, de 2 de Fevereiro deve-se seguir um dos objetivos impostos pela educação, a melhoria da autonomia da aprendizagem e acréscimo dos resultados escolares. Portanto, para além de um apoio aos alunos que mostrem dificuldades de aprendizagem relacionadas com carências nos métodos de trabalho e de estudo deve-se impor uma preparação para as exigências decorrentes da vida em sociedade, por isso o desafio concentra-se na urgência de se desenvolver um ensino contextualizado, centrado em métodos de aprendizagem que originem bons resultados, que capacitem os estudantes para os diferentes conflitos da vida, na escola e além desta. 
Neste processo encontramos a necessidade do aluno, também, de usufruir de um bom suporte familiar, este apoio é, paralelamente à escola, um alicerce ao desenvolvimento dos processos evolutivos da pessoa. Uma boa relação com a família desempenha um papel fundamental no suporte a um conjunto de crenças e comportamentos dos estudantes que contribuem para o sucesso, tais como: um maior número de atitudes positivas acerca da escola; aumento do tempo dedicado à aprendizagem; aumento da atenção e da persistência na realização de tarefas; e aumento do sentido de responsabilidade pessoal para a obtenção de melhores resultados escolares. 
Levanta-se a questão: como estudar? Se o principal objetivo for a obtenção de uma nota final num exame, não há fundamentos científicos que neguem que o “empinanço” não tem sucesso. Neste caso a informação pode manter-se algum tempo mas acaba por desaparecer. Para haver um desenvolvimento da aprendizagem do aluno deve-se promover uma aprendizagem que se mantenha em “reserva”, para que numa futura necessidade o aluno tenha a informação e consiga aplicá-la e realizar com sucesso a tarefa pedida. 
Para tal, é aconselhável que o leitor tenha em atenção o seguinte quadro, que nos exemplifica o que se deve e não se deve fazer para adquirir hábitos de estudo mais eficientes:


O que fazer!

- Distribuir matérias em diferentes sessões de estudo!
- Pratique, faça testes! A prática incrementa os níveis de memória a longo prazo e de domínio do estudo.
- O local de estudo deve ser um ponto de bem-estar, com as condições adequadas a um bom estudo. Tenha a luminosidade adequada, espaço, seja arejado, e com poucas distrações por perto.
Autonomia do aluno! Deve organizar-se, decidir o que deve estudar, quando estudar e estruturar o seu estudo.
- O aluno não deve estudar exclusivamente sozinho, pois ao estudar com colegas o aluno observa outras formas, maneiras de organizar a matéria, estratégias e práticas na abordagem da mesma. 
Tirar notas, fazer os seus próprios apontamentos. Escrever uma certa ideia depois de a ouvir inteiramente, façam a sua própria versão e imponham a sua compreensão e construção do seu significado pessoal dos assuntos.




O que não fazer!

- Estudar várias matérias numa prolongada sessão!
- Centrar-se numa única disciplina por sessão de estudo, está comprovado que estudar mais do que um tema por sessão contribui para aprendizagens mais duradouras!
- Não variar os seus locais de estudo! Deve encontrar o seu espaço dentro da sua casa, pois está comprovado que o seu próprio quarto é o local de maior aquisição de um estudo eficaz!
- Ter uma perspetiva irrealista da dificuldade das tarefas. Pensar que a tarefa é muito difícil ou muito fácil vai mexer com a sua motivação, desmotivando o aluno, neste caso à partida ou após a realização da mesma.
- Desprezar a importância das revisões da matéria, na véspera e durante as sessões de estudo. Não pensar em perguntas que poderiam, fazer parte de um teste futuro.
- Ter receio de colocar questões e dúvidas aos professores e familiares! Não pesquisar por si próprio!